segunda-feira, 5 de novembro de 2007


Tola ilusão...

A orquestra enfim parou
as luzes se apagaram
fiquei na penumbra da noite escura
sentada no canto do bar sozinha
a taça de vinho também estava no fim
como tudo que acaba...
Fiquei olhando o nada
a taça em minha mão queimava
e eu alí impassível
diante da possibilidade de não fazer nada...
de não gritar, de não chorar
de não te chamar
e pedir q fique comigo
só essa última noite
dançaremos nossa última música
beberemos a última taça de vinho
e por fim falaremos de amor
a última vez.
Tola ilusão de quem já está inebriada pelo vinho
de q tu virias do nada e trarias contigo teu amor.
Tola ilusão...
Rosane Silveira
às 06:30 / 05-11
(dir.reserv.)

domingo, 4 de novembro de 2007



Mente o poeta que diz que não sofre...

aquela dor sofrida doída lá no fundo do peito

aquele ar nostálgico que deixa triste tudo a sua volta

um vazio pela ausência de não sei oquê...

Mente o poeta que diz que não sofre...

que nunca tenha passado uma noite em claro

sofrendo por um amor distante

ouvindo aquela música triste

embalado por uma taça de vinho inebriante...

Mente o poeta que diz que não sofre...

que não chora em uma despedida

que não se comove com o barulho da chuva caindo lá fora...

e com a tristeza da alma aqui dentro.
Ninguém é poeta sem sangrar

a alma e dilacerar o peito...

Ninguém...
Rosane Silveira

às 07:50 do dia 04/11