sábado, 12 de janeiro de 2008

Seria o homem a sobremesa?


Sempre gostei muito de ler, desde tenra idade que a leitura me acompanha, alguns livros ficaram marcados em minha memória poderia citar aqui vários livros de poemas, alguns de auto – conhecimento, mas o que mais me chamou a atenção foi um livro que minha tia me falou intitulado “O homem é a sobremesa”, o que facilmente foi encontrado na biblioteca de minha cidade na época, por volta dos dezesseis anos achava que tinha um mundo inteiro aos meus pés e achava também que já sabia de cor e salteado todo o contexto daquele livro afinal, temos a certeza de que sabemos tudo e nada é inexoravelmente mutável.
Há alguns dias atrás me deparei com esse livro novamente (hoje aos quarenta anos) achei interessante relê-lo, porém hoje com uma ótica mais madura à cerca dos temas expostos e das conclusões tiradas, diga-se de passagem, bem diferente das conclusões tiradas aos dezesseis.
O livro trata com propriedade da liberação e libertação feminina dos padrões morais e éticos da época, fala claramente do poder da mulher de libertar-se e livrar-se dos grilhões que a prendem a seus maridos, fala também e principalmente do tratamento que o homem tem que ter, inclusive nos fala em alto e bom som “trate seu homem como sobremesa e não como o prato principal”; ora será mesmo que em pleno século XXI onde as mulheres estão em pé de igualdade com seus homens, com a liberação sexual onde a mulher pode claramente dizer se está sendo satisfeita sexualmente ou não, sem se preocupar se o marido, namorado ou amante vai acha-la fácil quando pedir essa ou aquela posição sexual porque lhe dá mais prazer precisamos mesmo dizer que o homem é a sobremesa? Hoje eu afirmo categoricamente O HOMEM É O PRATO PRINCIPAL SIM e como tal tem que ser tratado, bem feito, bem trabalhado, bem cuidado e principalmente bem degustado até sua última gota ou seria garfada rsrs? Sei que algumas vão discordar de mim, mas sabemos que hoje o relacionamento baseia-se principalmente na troca, no compartilhar de idéias, de conhecimento, de entrega e de amor mútuo e principalmente respeito e admiração, não conseguimos amar alguém que não admiramos.
Não conseguimos sequer compartilhar de algumas horas de conversa com alguém que não nos acrescente algo e graças a Deus hoje podemos dizer tão somente, não quero mais... e recomeçarmos nossa busca novamente por alguns momentos de felicidade ou muitos momentos de felicidade. O homem se torna o prato principal à medida que ele se preocupa com nosso bem estar, liga no dia seguinte, diz que você está bela mesmo depois de ter lavado os cabelos e estar completamente sem maquiagem e ainda com uma toalha enrolada na cabeça. O homem é o prato principal da mulher que sabe dar valor a uma boa relação que acredita piamente que ninguém é feliz sozinho e ai, juntos, não terão só um prato principal e sim um banquete de realizações, satisfações, mas principalmente amor próprio e admiração sendo compartilhados por ambos.
Então levando em consideração tudo isso, após fazer esse artigo peguei o tal livro que dizia que nossos homens são sobremesas e joguei no lixo rsrs.



ROSANE SILVEIRA
Publicado no Recanto das Letras em 12/01/2008
Código do texto: T813660

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AUTO-FLAGELO E DEPENDÊNCIA AFETIVA



(... o medo de amar é o medo de ter que a todo o momento escolher com apreço e precisão a melhor direção...).

Será que estamos na direção certa em um relacionamento amoroso?
Será que não estamos nos doando mais do que recebendo?
Será que não estamos abrindo mão demais de nosso espaço em detrimento do outro?
Será que não estamos dando mais atenção, carinho e toda gama de entrega do que recebendo?
Será que estamos realmente felizes em tentar primeiramente fazer o outro feliz?
Será que...?
Sempre o famigerado será que?
É questões como essa que precisam ser levantadas quando começamos a nos sentir em desvantagem em uma relação, relação essa que deixa de ter dois lados iguais e a balança começa a tender mais pra um lado do que pro outro.
Creio que a balança tem que estar em nível estável de comprometimento, entrega igualdade de valores e sentimentos pra que tudo saia da melhor forma possível em um relacionamento.
A velha história do “eu amo por nós dois” ou “eu tenho tanto amor que dá pra eu e você” ou “você é importante demais pra mim” ou até mesmo a celebre frase “eu não vivo sem você” tem que começar a ser avaliado sob um prisma mais realista. Acabamos por achar que o nosso amor realmente é grande o bastante pra ser amor de um só e acabamos por acreditar que realmente aquela pessoa é de tal importância que morreríamos sem ela e ai começamos numa entrega de um só, onde começa haver as tais cadeias invisíveis e dependências afetivas.
Penso que a dependência afetiva é tão ou mais nociva que a dependência química

Vamos aceitar o fato de que a escolha entre a relação saudável ou um punhado de migalhas está em nossas mãos. Não repassemos a ninguém à responsabilidade de fazermos a nossa escolha... A nossa história!
Não repassemos o outro a responsabilidade pela nossa felicidade. Muitas das vezes vivenciamos uma relação desgastada e fora de propósito por uma série de fatores, menos pelo mais importante nosso amor – próprio.
Seguramos uma relação fracassada por vários fatores entre eles medo de solidão, interesses familiares e financeiros e isso não é bom. Sempre temos uma desculpa pra manter tal relacionamento destrutivo e doentio.
Já ouvi frases do tipo: “eu não largo meu marido por causa da casa”, também já ouvi “eu não largo por causa dos meus filhos”, já ouvi também “aturei o pior dele, porque vou largar o osso agora que ele está melhor” e assim as pessoas vão vivendo uma relação doentia e desprovida de prazer e sentimento real.
Temos que quebrar os grilhões que nos prendem a essa situação de fracasso. Focalizar nossa mente no futuro, um futuro livre de amarras de si mesmo.

Ir em frente, libertar-se e tentar fugir dessas cadeias que tanto nos aflige e nos destrói e aniquila o que de melhor temos: que é o poder de amar e a liberdade de entrega, mas principalmente liberdade de ser amado e de receber do outro o melhor que ele tem pra nos oferecer – ele mesmo, de forma plena, uma entrega total onde todos ganham.
Rosane Silveira

ROSANE SILVEIRA
Publicado no Recanto das Letras em 12/01/2008
Código do texto: T813665

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terça-feira, 8 de janeiro de 2008


Quero...
Quero me curvar diante desse amor puro
e ao mesmo tempo insano e profano
me desnudar meus sentimentos em versos e prosas
ao invés de lamento
quero ser o teu melhor lado
aquele que faltava pra ser feliz
quero compartilhar os bons e maus momentos
olhar as estrelas do firmamento
quero tocar tua alma com sensibilidade
e livrar-te de tudo o que te traz tormento
quero ser o teu encantamento.
Rosane Silveira
às 07:41 do dia 04/01