sábado, 31 de janeiro de 2009


Nosso Jardim Interior




Estava me questionando sobre as singularidades do ser humano e suas possíveis frustrações e decepções à cerca da vida, temi por mim em certo momento. Estaria eu preparada para os embates da vida e os pormenores que me aflige?
Comecei então a me comparar com um jardim e vi que as diferenças são poucas entre eu, um ser humano dotado de todas as faculdades mentais e um jardim com seres vivos microscópicos ou não, as lindas flores, algumas ervas daninhas e seus hóspedes alguns por vezes indesejáveis. A correlação com o jardim me espantou, observei que meu universo interior é como um jardim cheio de flores lindas e viçosas algumas retorcidas pelas marcas do tempo, alguns bichinhos indesejáveis e como eu muito grama para ser aparada. Você há de se questionar: mas como ela está se comparando a um jardim isso é absurdo.
Vejamos que não, tal comparação me pareceu exata.
Observe: O jardim tem que ser cuidado, regado, adubado, vez por outra tirar algumas ervas daninhas que insistem em nascer em meio às flores e sempre aparar a grama para que ela não torne o jardim um lugar feio. Assim somos nós, nossos medos seriam as ervas daninhas que temos que confrontar e nos livrar deles para que eles não criem formas aterradoras e assustadoras em nosso jardim interior, matando em nós as nossas flores viçosas, assim como temos que vez por outra quando sentirmos que estamos nos tornando chão árido e seco nos regarmos com o bálsamo do amor em nossos corações, mesmo que por muitas vezes esse amor nos faça sofrer ainda assim sairemos vencedores, pois amor tal como a água é vida e em abundancia e nosso jardim interior ficará mais cheio de vida e mais bem oxigenado.Os seres microscópicos que vivem no jardim podem mal não comparando ser comparado a nossos anseios e sonhos que ficam no recondido de nosso ser, algumas vezes deixamos pra lá achando que são tolices tais sonhos ou devaneios de infância ou ilusão de um adulto que não tem o que fazer, mas estão lá, sabemos estar lá esses “seres” microscópicos chamados sonhos é que faz toda diferença em nossas vidas quando resolvemos colocá-los em prática, aceitá-los não como devaneios mas como bênçãos em nossas vidas, pois os sonhos assim como os seres microscópicos fazem parte do jardim e mantém o equilíbrio. Outra coisa de suma importância para não deixar um jardim fraco é o adubo tal como o jardim o nosso jardim interior precisa ser adubado de bons pensamentos, somos o que pensamos – isso é fato, pensamento tem vida e se pensamos positivo por certo nossa vida será positiva tudo fluirá de acordo com o nosso pensar positivo.
Levando em consideração tal comparação devo chegar a conclusão de que fazemos parte de um todo, somos todos um, cada um fazendo o seu ciclo natural dar certo, cada um ocupando um lugar na cadeia evolutiva e fazemos assim a roda da vida girar. Que consigamos sempre manter nosso jardim interior com equilíbrio, acreditando ser possível nos livrarmos de algumas ervas daninhas mesmo sabendo que elas são necessárias no processo evolutivo da criação.

Rosane Silveira
(proteja os direitos autorais)
Publicado também no Recanto das Letras


sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Aquieta-te, contemple-se e ame-se.


Contemple a ti mesmo
contemple o sol,
as estrelas, o mar, o luar
contemple-se como
um ser único com amor maior,
com desapego e paixão
crie em ti
oportunidades de ser feliz,
faça valer a pena cada esforço
feito por ti nessa empreitada
ajuda-te nesse momento
em que vives o tormento da solidão
aquieta teu coração
desarvorado e triste
vá além bem além de tuas expectativas,
grite aos quatro ventos
tua verdade e tua vontade
de ser feliz e principalmente teu direito.
Sê forte, corajoso, desprovido
de paixões efêmeras e fulgazes.
Espera...
dê tempo do teu coração
aquietar pra poder ouvir
a voz de Deus suave
sussurrando em teus ouvidos
o quão importante tu és.
Faça o teu dia de hoje valer a pena.
Aquieta-te, contemple-se e ame-se.

Rosane Silveira
(proteja os direitos da autora)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009


O que sobrou?


O coração na mão
o pé no chão
e o queixume do coração

sobrou também a desilusão
a contramão
e o querer não

sobrou ainda o lençol frio
o leito vazio
e o amor de ninguém

sobrou por fim
a noite fria sem estrela guia
e a solidão.

Rosane Silveira
às 18:58 do dia
26/01/09