quinta-feira, 29 de maio de 2014

Saudade do tempo
que eu falava de amor
e minhas mãos iam deslizando
ávidas pelas linhas, letras
e pontos acariciando os versos
com tanto sentimento,
com um amor que
de tanto latente, escorria
como por dentre o poema
fazendo-o saciado e inteiro
hoje não sinto o que sentia
hoje no lugar nasceu uma flor
não existe mais amor
é uma flor minúscula
quase imperceptível
não sei se conseguiria falar do amor
de outrora
assim como antes quando o meu coração
era puro sentimento
hoje não existe nada
só essa saudade de
quando falava de amor.

Rosane Silveira