segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009


Fim de espetáculo
E eu me vesti de sonhos pra ti
tirei a roupa da sanidade
e como louca me vesti de fantasia
entre aplausos e gritos de alegria
fui me deixando levar pela platéia
que me assistia sem entender o que
se passava pois ora chorava
ora sorria com olhos marejados
vagueei pelos picadeiros da vida
rodopiei feito dançarina perdida
na rua da incerteza de amar-me
coloquei a máscara da compreensão
e me fiz de santa no momento derradeiro
do espetáculo, deixei que pensasses
que era feliz, tolice a máscara caiu
meus olhos choraram
e meu riso emudeceu
e então como palhaço triste
chorei o choro condoido daqueles
que pensam ser felizes
e o pano se fechou,
o espetáculo acabou.
Rosane Silveira
às 19:35 do dia 06/01/09
(proteja os direitos autorais)

A salvação que hora se fazia crescente em minha alma

e que de repente me deixou assim enclausurada

nos pormenores de mim e de meus pecados sem fim

foi me torturando e aniquilando hoje não quero mais salvação nem mansidão

não quero olhar de candura nem misuras,

quero a alma nua desvenciliada

dos estereótipos tradicionalmente impostos e GRITAR

eu vivo eu queroe posso ERRAR sendo EU

quem sou uma mulher que ama amar.

Rosane Silveira

(proteja os direitos dessa que vez ou outra se fragmenta em seus ais)


Insustentável leveza
Uma suavidade inebria o ar que respiro
um coração brando habita em mim agora
meus olhos vislumbram um futuro bom
meus sentimentos não estão na contramão de mim
Meu sorriso é terno e acolhedor nesse dia
meu amor, de tanto, quase não cabe em mim
meus sonhos se fazem realidade
o querer não é mais uma possibilidade
Estou na insustentável leveza do meu ser
e de tão leve eu quase flutuo
então aquieto meu coração e nesse momento
de deleite puro me sinto plena
E como que agradecida
faço uma prece em ode a vida
por esse momento único
em que sou toda contentamento.
Rosane Silveira
às 07:37 do dia 02/02/09
(Proteja os direitos dessa serva da poesia rsrs)