sexta-feira, 28 de novembro de 2008

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Falou-me


Falou-me o amor ao ouvido
disse-me que sofrer é preciso
calar na alma a dor do desamor
e deixar-se um pouco inerte
na alma da vida
falou-me mansamente ao ouvido
o amor e sentenciou-me tal como
um algoz
ao sofrimento triste e voraz
falou-me...
calou-se e
perdeu-se no íntimo de mim
tal amor doído sentido
e perdido de mim
que foi escorrendo pela solidão
tardia e demasiada pra um só sentir.

Rosane Silveira


Tornar-se amor

De amores eu vivi
sofri, chorei e quase cai
ilusório sentimento
que toma a alma da gente
e assola os nossos pensamentos
fazendo-nos descontentes
quando não amados somos
paz que acalenta o sono
daquele que sabe que tudo fez
amou o quanto teve que amar
e esperou tão somente
ser amado também
vivenciou toda a emoção
parou, pensou e sentiu em si
que o maior dos prazeres
não é ser amado
e tão somente amar enfim...
por isso reergueu-se do triste
e profundo amor
e passou a acreditar
que tudo pode acontecer
basta que pra isso ao invés
de sentir amor,
se torne amor
e se faça tudo novo outra vez.

Rosane Silveira
às 08:40 do dia 05/10
(proteja os direitos autorais)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008


Labirintos de mim

Vasculhei-me tantas vezes
fiz inúmeras e incontáveis
buscas por mim
que se perdeu de ti
na curva da vida que te levou
deixando o martírio de não mais tê-lo
perdi-me de mim
de ti...da vida
perdi-me
deixei-me então levar pela ilusão
de viver sem ti
eis que apenas sobrevivo
paradigmas a todo instante
são colocados diante de mim
me pondo em provas constantes
da solidão que ora me atormenta
e atordoa
falta-me ar...falta-me
e não sei guiar-me na escuridão
que agora se faz presente
vou caminhando, triste e vacilante
pelos labirintos perdidos de mim.

Rosane Silveira
às 07:25 do dia 01/10
(proteja os direitos autorais)

quinta-feira, 25 de setembro de 2008



HOMEM SOFREDOR


É TÃO GRAVE O SEMBLANTE DO DESAMOR
VER A LÁGRIMA QUE ESCORRE PELA ALMA
NESSE LAMENTO DE TRISTEZA E DOR

COMO É TRISTE A DOR DO DESAMOR
AQUELA DOR DOÍDA, SENTIDA, REPRIMIDA
QUE MACHUCA E DILACERA O CORAÇÃO
DO SOFREDOR

COMO É TRISTE... MEU DEUS! COMO É TRISTE...
VER NO MUNDO TANTO SOFRIMENTO E DOR
TENTAR COLHER NOS OLHOS DO OUTRO
UM POUCO DE PIEDADE,LUZ E CALOR

FAZER-SE PLENO COM UM FACHO DE LUZ
TENTAR SENTIR NO OUTRO O CORAÇÃO PULSANDO
E SUPLICAR UM POUCO DE AMOR
E VER NELE SOMENTE INCOERÊNCIA
POR TANTO LAMENTO E DOR

OH SENHOR, COMO É TRISTE
O SOFRIMENTO DO HOMEM QUE
MORRE UM POUCO A CADA DIA
TENTANDO COLHER NO OUTRO
SÓ UM POUCO DE AMOR.

ROSANE SILVEIRA
ÀS 07:09 DO DIA 25/09
(PROTEJA OS DIREITOS AUTORAIS)

Manhã de Setembro

Aquietou e silenciou meu coração
nessa manhã ao ouvir o canto
do bem-te-vi anunciando a chegada
da primavera dando-lhe boas vindas


bem-te-vi também doce primavera
que chega com esperanças
de renovações em cada flor que nasce

fechei-me durante o inverno, tal como a flor
quieta fiquei sem as tuas cores
silenciei-me num canto solitário de mim
ou de qualquer canto de minha vida.

Tu chegaste linda primavera
e contigo trouxeste a vontade de viver
de sorrir, de cantar, renascimento
pleno em amor doce primavera

meu coração exulta e canta as manhãs
de setembro cercada de brilho, luz e calor
deixei pra trás todo sofrimento
e resquicios de dor.

Achega-te querida primavera e traga contigo
todas as flores, todos os pássaros, todos
os belos entardecer pra que eu possa
com carinho ofertar ao meu amor.

Rosane Silveira
às 06:17 do dia 25/09
(proteja os direitos autorais)


quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Poema de um amor só

(solidão alquímica)

Que o meu amor te surpreenda
nessa manhã que amanheceu triste
sem tua presença
e teus olhos vislumbrem o meu eu
como sou, mesmo a distancia
que tua boca fale palavras de amor baixinho
ao vento
e teus olhos fitem os meus
mesmo em teus sonhos
e por fim, tua mão pouse sobre a minha
nessa angustiante solidão que me mata
cada vez que penso em ti.

Rosane Silveira
às 12:47 do dia 14/09
(proteja os direitos autorais)
E por fim


E por fim
ficou em mim tuas formas envolventes
teu amor, teu desejo
teu cheiro, teu pecado indecente

e por fim
ficou em mim, tuas palavras
teus desejos, tuas carícias e teus medos

e por fim
ficou...ficou em mim
a melhor parte de ti
ficou o teu amor grudado em mim.

Rosane Silveira
às 19:48 do dia 15/09

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Presença - ausente


Mais um dia que começa
com tua presença-ausente aqui
e em mim
teu cheiro ainda impregna o ar
que está viciado em ti
a impressão de tua
imagem fica a todo canto
até em meu pranto
te vejo, oprimo e reprimo
o choro que vem a seguir
e ai...
maquinalmente ando
pela casa em busca
de algo que me faça esquecer de ti
e por fim...quando
penso que vou desfalecer
me lembro de mim
e me afundo dentro
de meu precipicio interior
tentando me encontrar em todas as vezes
que me perdi nesse amor sem fim.


Rosane Silveira
às 09:44 do dia 15/09
(proteja os direitos autorais)

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Escombros de um amor

Derrube sobre mim
todos os escombros desse amor
que acabou
farta-te vez ou outra da desilusão
que te causei
fala-me do qüao triste e dorido
está sendo tua solidão
tão somente te olharei...
rirei de ti
e dos momentos em que sofri
por esse amor oco
tão oco como os escombros que
sobre mim jogou
porém, minha alma regozija-se de paz
pelo prazer de não tê-lo mais.

Rosane Silveira
às 09:28 do dia 13/08
(proteja os direitos autorais)

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Vidas separadas


Vidas separadas por
caminhos que se tornaram
estreitos demais pra dois
tropeços, desenganos,
sentimentos doridos de desamor
afagos que foram sendo deixados de fazer
olhos que já não fitavam
mais o mesmo horizonte
mãos que não mais seguravam-se
num apego intenso de amor
corpos que já não mais se desejavam
sentimentos que já se tornaram vagos
tudo isso deve-se ao desamor
E onde foi parar todo sentimento de ontem?
não estão nem nessas linhas que escrevo
no aconchego de minha alma agora vazia
falta-me ar e falta-me amar
sinto o coração vazio
desprovido de emoções
nem dor existe
só solidão
e por fim a certeza de que
estamos em vidas separadas
pelas mãos do destino cruel
que te levou de mim.

Rosane Silveira
(proteja os direitos autorais)

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Menino que corre pelas ruelas perdidas das favelas da vida
surta ao surdo barulho dos ventos, dos fogos, dos festins
faz bagunça não como criança
joga não o jogo da bola, mas o jogo da vida

brinca, não com o carrinho
mas com sua vida
não sonha, porque
não dorme

aniquila com os sonhos dos pais
que perdidos pelas vielas de seus corações
tentam encontrar nos olhos do filho
a inocência perdida

Mundo cão, desigual e cruel
que dita a lei do mais fraco e encobre a sujeira dos mais fortes
deixando a mostra a dor e a desolação
de um mundo cão

Onde nossas crianças não se tornam idosos
morrem em tenra idade
brincando tão somente
de mocinho e ladrão

dor latente no peito da criança
que sangra, não a dor do amor
mas por uma bala perdida ou pelo
desassossego de um sem futuro

Lamento de amor, lamento do pai
grito da paz que lamenta o filho do mundo
que morre ensanguentado num capitalismo cruel
que segue deixando rastros de dores e desamores

Por favor me façam chorar
pois lágrimas não saem mais de meus olhos
a indignação é tamanha
quero ressurreição do amor e da paz perdida pelas esquinas da vida


Rosane Silveira

às 21:53 do dia 01/08/08

(proteja os direitos autorais)
Sensual - idade

Cravo as unhas nas bordas do mundo
sugo tudo até o sumo
vivo intensamente meus momentos
grito quando quero gritar
sorrio só quando sinto vontade
e minhas vontades tem que ser respeitadas

Vou até ao cume do mundo
se preciso for, vou ao fundo
mas me reergo novamente no final
afinal...

Minha idade é crítica, perigosa, devassa
sensualidade aflorada
inibição não tenho, mas sou seletista
só me faço acompanhar por quem escolho
assim vou levando minha vida...meus amores
até onde não sei... pra que saber...

Rosane Silveira / Ricardo G. Denudes

terça-feira, 24 de junho de 2008


Infinito de mim



Quero me livrar dos arquétipos tradicionais,
romper barreiras, padrões e conceitos pré-estabelecidos
me livrar das amarras que vez ou outra me prendem
gritar à plenos pulmões minhas vontades
e desejos mais loucos, quase insandecidos
quero sim, quero tudo...plenamente
mesmo que indecentemente
quero ser condescendente só com minhas vontades
violar todas as regras
e leis
ir além...voar bem aquem do esperado...
quero me superar
voar...voar
e chegar até o infinito de mim...

Rosane Silveira
(proteja os direitos autorais)




Questionamentos à cerca do amor

Haverá tempo ainda pra um novo amor?
pra todos aqueles tremores que nos atinge
quando vemos a nossa outra metade
haverá algum sinal escondido nas entrelinhas
do que escrevo?
Haverá ainda aquela sensação de alegria e atrevimento
onde nos sentimos inteiras, plenas e principalmente felizes
Haverá?
Haverá aquela aura de paz que invade só os que amam
Creio que sim, haverá
tem de haver senão o que justificaria meu viver?

Rosane Silveira
às 07:24 do dia 24/06

quinta-feira, 19 de junho de 2008



Pedestal


Eis me aqui
condescendente com tuas escolhas,
opções desmedidas
palavras insanamente proferidas
ainda assim eis-me aqui
me preparei pro teu não
até sangrei um pouco em tua mão
eis-me aqui ensanguentada
porém atrevida
ternamente enamorada pela vida
independente de tuas escolhas erradas
dane-se tua sina despreparada
eis-me aqui e aqui vou continuar
no pedestal em que escolhi ficar
apesar de ti
eis-me aqui.

Rosane Silveira

terça-feira, 3 de junho de 2008

sábado, 31 de maio de 2008

Poema irracional


Se já não bastasse a incansável busca
em mim em compor um poema em letras pequenas
com rimas trovas e versos,
ainda tem em mim um coração machucado
dores por todos os lados
tento compor versos felizes
deixo rastros de um amor mal resolvido
querencias sem fim
sem mim e desprovida de ti
falo-te quase num sussurro nessas letras minhas
do amor que te tenho e do sonho que acabou
quase não aguento o tormento
e o silêncio que a solidão traz
nada, nada digo
nada te peço
apenas que deixe que minha alma
leve palavras que parecem absurdamente
desproporcional nesse poema irracional.

Rosane Silveira


sábado, 17 de maio de 2008


Brinca de mim...

Brinca de mim...
faz de mim tua musa
tua blusa
faz de mim teu delírio
teu tormento
faz de mim tua alegria
teu lamento
faz de mim teu sonho
teu encantamento
Brinca de mim...
faz de mim
teu sol
teu mar
tua noite de luar
faz de mim a melhor parte
do que tu mesmo poderías ser
brinca de mim
faz de mim
teu tudo
teu querer
brinca de mim...
vem me fazer reviver
vem...brinca de mim
pra que eu possa
me deleitar em você.
Rosane Silveira às 08:07 do dia 21/10/07
(direitos autorais reservados a autora)
Decidi que raramente postaria algo de algum autor aqui, mas abro um parentese pra esse homem extraordinário o nosso mestre o Grande Artur da Távola a quem tenho muito respeito.
Infelizmente os bons vão sempre antes da hora, mas melhor ainda que sempre nos deixam legados inesquecíveis.


A Mulher Sofrida

Por: Artur da Távola -
Olho para ela e leio, em seu rosto triste, as marcas da vida e da mão que prostra. Sei o que sofreu, um sofrimento entretanto ambíguo que, ao mesmo tempo, lacera a carne, decepa alegrias, estrutura resistências e sabedorias. Tento entendê-la, esta mulher sofrida. Quem é. Como é.Sofrida é a mulher por quem a vida passou, machucando uma sensibilidade menina, feita de dádiva, confiança no próximo, esperança de melhorar o mundo.Sofrida é a mulher que não viveu em vão, na delícia burguesa de ser objeto de sexo, admiração fácil ou mimo, preferindo o caminho penoso da independência, a procura honrada da própria dimensão pessoal, existencial, política. Sofrida é a mulher que tem energia e nervos para enfrentar na carne todas as disposições e contradições necessárias a viver e a conquistar o direito à vida, à liberdade, à solidão, ao afeto dos seus. Sofrida é a mulher de uma geração que assistiu à castração de seu sonho político, embora o veja crescendo, melhorando e se transformando pelo mundo afora. Sofrida é a mulher que viveu várias décadas em cada uma das três últimas. É a pessoa que soube incorporar ao seu viver as dores necessárias à libertação dos preconceitos próprios e alheios; dos atrasos ancestrais; da dor de viver adiante no tempo; das agressões retrógradas; das maldades profissionais; do medo da sua mensagem renovadora. Sofrida é a mulher que assistiu à queda de muitos, ao cansaço de outros, à morte de terceiros, à dor, à tortura, ao vício, à desistência, à loucura, à resistência, à tenacidade, ou à convicção de todos os que se insurgiram contra qualquer forma de agressão humana, de opressão ou de injustiça. Sofrida é a mulher que aí está, cada vez melhor, porque de costas eretas a despeito de tudo o que viu, sofreu e passou. E passa.Sofrida é a mulher que não desistiu de ser; não se alienou; não fugiu da dor; e até se embelezou com as rugas conseguidas; é a que se purificou com as impurezas que em si descobriu e mergulhou com igual coragem na miséria e grandeza, saindo melhor de ambas.

Por: Rosane Silveira

quinta-feira, 8 de maio de 2008


Amizade e solidão...

Amizade e solidão

A amizade está em declínio e a solidão está em ascensão. Qualquer um pode constatar isso no mundo contemporâneo. Os laços humanos tornam-se cada vez mais frágeis e efêmeros porque vivemos numa época em que tudo se “liquefaz”.

Será isso verdade?

Vivemos mesmo numa época onde tudo é efêmero e fugaz?
A era tecnológica afastou as pessoas do convívio social?

Eu penso que não.
Alias-me tenho certeza que não. Vivemos numa era de globalização econômica, mas também de globalização de sentimentos e pensamentos a fins.
A era tecnológica veio pra unir ao invés de separar, juntar corações através das telas de computadores.
Tenho constatado isso e vivenciado isso como ninguém, através dessa tela do meu PC tenho tido oportunidade de sentir emoções nunca antes sentidas ou se sentida – esquecidas.
Conheci e digo isso com garantias, conheci pessoas reais num mundo tido virtual.
Pessoas que já riram comigo e choraram...
Pessoas que falam conosco como se estivéssemos sentados em sua sala de estar, falam de seus filhos, seus maridos ou namorados, seus cães e gatos, seus medos, anseios e suas alegrias.
Tenho tido a feliz oportunidade de conhecer várias pessoas, de vários estados e creia: o amor fraternal une essas pessoas, somos unidos por um sentimento de necessidade de fazer amizade que perdure por muito tempo estamos imbuídos de um desejo de apagar o estigma da solidão em nossos corações.
Precisamos disso, precisamos acreditar que as pessoas ainda tem o dom do relacionamento afetivo entranhado em seu coração e que ninguém é uma ilha.
Decidi escrever sobre esse tema porque é assim que me sinto com relação a você meu amigo virtual.

Beijos na alma
Paz sempre em tua vida
ROSANE SILVEIRA
Publicado no Recanto das Letras em 03/09/2007
Código do texto: T636275

Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.

quarta-feira, 30 de abril de 2008


Crucificada pelo amor

Sim, eu sou uma pecadora
daquelas absolutas que reina em si mesmo
Crucifica-me então por amar
por querer sentir a essência da vida
Crucifica-me
por querer mais e mais de tudo
ir até o âmago o fundo
Crucifica-me por querer o gozo pleno
o delírio louco
o amor insano
Crucifica-me por eu ser quem sou
uma fêmea no cio sedenta do néctar da vida
Crucifica-me
mas venha sem pressa
ainda tenho muitos pecados à cometer
quero ter a alma livre antes de morrer
em um último orgasmo.

Rosane Silveira
(proteja os direitos autorais, não repasse sem os devidos créditos a autora)

terça-feira, 29 de abril de 2008

Invenção de palavras


Invento palavras vãs pra compor um poema
sinto-as tolas e desprovidas de sentido
não consigo mais falar de amor
sequer da dor
e da saudade que me corrói a alma
e dilacera meu espírito
tento ser sagaz ao extremo
e ir ao fundo de mim
buscando rimas e formas de expressão
mas tudo o que encontro é só solidão
e uma ânsia louca de vomitar palavras
sim, vomitar literalmente palavras
que me façam sair desse marasmo de mim.
Essa noite quieta e insone em que nada acontece
e por que não dizer insoça, desprovida
de gostos e sentidos.
Eu dentro da noite tentando te fazer um poema
que visão patética
mas tendo mesmo sem rimas fazer de ti minha sina
mais louca e meu prazer em escrever
só um poema.

Rosane Silveira
(proteja os direitos autorais)

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Não sou poeta



Não sou poeta

Não tenho o dom de escrever

Nem tão pouco falar de amor

Tenho me reinventado a cada dia

Todos os dias

Na tentativa vã de jogar meu desespero pra fora

Através de palavras

Não sou poeta não sou nada

Só alguém desesperado tentando

Não abafar meu grito no universo de mim

Queria ter o dom de poetas

Falar em trovas e rimas

Mas que difícil minha sina

Desfio minha dor em linhas sóbrias

De sentimentos misturados e amores fracassados

Queria ser poeta

Falar de sol, de alegria de mar

Declamar um poesia em ode a Neruda

Ou a Quintana

Mas não sou poeta sendo assim vou desfiando minhas dores

E meus amores

Em qualquer canto de mim.

Rosane Silveira