terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Há...
Há de se queimar minhas mãos entre as tuas
antes de dizer-te adeus, antes que meus olhos
vaguem pelos campos a tua procura
Há de se deixar um só riso de complacencia
e de amor nesse fim, nesse tolo fim de um romance
que só inebriou os corações
Há de se aquietar a alma nesse tempo
em que os olhos quase cegam a procura de porques
e nossas mãos se despedem em um lamento triste de adeus
Há de se querer um pouco de paz
no lamento triste dos olhos meus
ao ver os teus que tão languidamente se despedem de mim.
Rosane Silveira
(proteja os direitos da autora)
Vontade
Ah, essa vontade constante
de falar-te do meu amor
encontrar-te tão lindamente
nas linhas de um pequeno poema
nas formas doces de cada linha
de cada letra, dos sonhos idealizados
de amores menos machucados
Ah, esse encanto que toma conta
de cada rima, de cada verso que componho
em letras miúdas de um amor imenso.
Rosane Silveira080210
O que é o tempo
O que é o tempo, senão uma necessidade
imperiosa de se voltar atrás
onde ficou por certo o nosso melhor,
nossos sonhos de infância, nossa
inocência roubada pela vida
que bandida nos massacra
O que é o tempo, senão um caminho
interrompido por linhas cruzadas
que se perderam pelos caminhos
tortuosos da vida que se esvai
sem pedir licença, deixando
em nós um tanto de urgência
O que é o tempo senão essa saudade tão doída
das lembranças que esparramadas pela vida
nos deixam assim sem chão, equilibrados tão
somente pelas mãos do coração.
Rosane Silveira
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