segunda-feira, 29 de junho de 2015

Quereres, querências e um pouco de demência


Quanto de mim
tu ainda sabes?
Nem eu mesma
sei de mim!
hoje me sinto assim
"uma metamorfose ambulante"
o que eu pensava ser certo ontem
hoje já me questiono
pra que pensar tanto
em todos os desenganos
ou enganos que cometemos
nessa vida que "sem vida"
vai seguindo pelos caminhos
descabidos das rotinas
de uma vida?
Há vida nessa vida
que hoje vives?
Ou pensas ser certo
os caminhos que segues?
Domamos tanto nosso querer
nosso sentimento
que acabamos sendo dominados
por sentimentos que não queremos ter
e somos massacrados por nós mesmo
nossas intolerâncias, nossas angústias
e tudo o que nos tornamos
e ainda pensas que me conheces?
Nem eu me conheço
Vem tu, sentas aqui perto de mim
tenta me descobrir
e me dizer quem sou
ai me abraça de mansinho
e cuida de mim com carinho.

Rosane Silveira

3 comentários:

Solange disse...

MULHERES & MULHERES.

Todas se parecem.
Da mais humilde a ilustre.
Adoram serem bem tratadas.
Porque delas parte carinhos em abundância.
Adoram aconchegarem seus amados como crianças
grandes de verdade em verdade sentem-se heroínas.
No convívio adoram paparicar porque no fundo.
Adoram a retribuição de abraços e beijos. . .
E uma pegada com muitos amassos.
__Sol Holme__
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PAULO MAURICIO disse...

LINDO POEMA! cONSTRUÇÕES BEM FLUIDAS E UMA LINGUAGEM TRANSPARENTE. PARABENS!

Jorge Santiago disse...

Um belo poema, meus parabéns!