quarta-feira, 15 de julho de 2009


Decência



O meu eu
é meio louco, meio insano
desprovida de mim me entrego
me assanho
sou devassidão, sou encrenca
sou demência
vivo o momento
devassa quase louca
me entrego intensa
sem pestanejar ao amor louco
do homem demente
deliciosamente presente
insanamente presente
não quero nem saber
vou fundo
vou ao âmago
vou ao mundo
e quando vejo
já não sou eu
sou alguém que gruda em mim
desprovida de decência
brinco com a vida
tola ilusão era eu em minha inocência
de nem saber quem sou.

Rosane Silveira
(proteja os direitos autorais)

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