sábado, 29 de março de 2008


Orgasmo Cósmico

Uma mulher semi-nua, unificada com os elementos,
vestida de terra ... montanhas, lavas (água e fogo) e céu (ar).

Como se amorosamente "amamentasse" a natureza...

Por instantes, deixo a imaginação mergulhar neste cenário
admirando quem o criou e absorvo um sentido amoroso para a vida...

Reflito sobre o yin e yang,
sobre o SER mulher,
aquela que reverencia e celebra a lua cheia,
que vê nos astros a liberação da energia amorosa
para cultivar o amor...

Aquela que cria e nutre a vida, derrama água,
brota o fogo, perfuma o ar.

Ela - a terra que recebe e gera.
Ele - o céu que a cobre e fecunda...

No fundo, do Phd ao gari da esquina, pobres e ricos
- todos - homens e mulheres , contêm em si algo do mago e da bruxa
que buscam o sentido, a diferença para a vida :
um porto seguro para sua nau..

Em algum momento de suas histórias, sintonizam o telúrico,
a alegria de contemplar a natureza sem saber reverenciando,
a representação viva e concreta da Mãe Divina - matriz do amor
e face feminina complementar do Pai.

Pois como conceber um criador sem sua contraparte?

Diz-se que o nirvana é um estado de amor absoluto,
uma espécie de orgasmo cósmico,
ininterrupto e indescritível em palavras,
porque significa entrar no gozo divino do Pai e Mãe,
participar do enredo da criação...

É voltar às origens e à consciência de que somos “deuses”...

Por isso, todo ser humano busca um estado de prazer,
porque em essência ele representa uma ínfima idéia
do prazer espiritual: a nossa origem.

Por isso, é comum o vazio e a solidão interior pós-orgasmo
- se buscamos fora o que está dentro.

Só em conexão interior, homem e mulher
liberam esse prazer pleno...

É dentro que aportamos com segurança.

E fora está uma nau que nos conduz a navegações para horizontes novos,
com aquela sensação gostosa de segurança e tranqüilidade,
de onde quer que essa nau nos leve,
será sempre o melhor lugar...

Apelidada de alma gêmea,
ela é residente mesmo que temporária
nos corações mais incrédulos...

Mas como identificar "essa embarcação?”

Precisamos estar bem ancorados em nosso porto interior,
para vencer tempestades e valorizar a beleza dos dias de sol...

Somente assim poderemos reconhecê-la quando
deslizar em nosso cais...

...Enquanto estas letras vão se formando,
não posso deixar de refletir no reflexo
da mulher projetada nessas frases...

Quem sabe um dia, quando ela menos espere,
aporte uma "nau" de casco forte
onde ela possa embarcar para horizontes nunca vistos?

Quem sabe um dia apareça um mago com força bastante
para impulsionar a vassoura da bruxa e
fazê-la voar em orgasmos cósmicos?

Autoria:Mônica (Centaura)

dado a mim com muito carinho por

uma pessoa extremamente importante pra mim

Ronaldo Adonai

quinta-feira, 27 de março de 2008

quinta-feira, 13 de março de 2008



O poema

O que torna um poema
verdadeiramente belo
não é a pena que o escreve
nem a mão que segura a pena
o que torna belo o poema
são os olhos de quem o lê
são as emoções e
as lágrimas que brotam
de emoção
o que torna belo o poema
são as palavras que
saem do meu coração
e vai direto ao teu.

Rosane Silveira

quarta-feira, 12 de março de 2008

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008





Somos anjos

Somos anjos à medida que
damos através de nossas palavras
paz a um coração em conflito
triste pela dor...

Somos anjos ao passo
que conseguimos ouvir o murmúrio do vento
passando suavemente
por entre as copas das árvores

Somos anjos sempre que
sentimos a presença do
inimaginável em nós
e em paz nos fazemos eternos

Somos anjos, porém
anjos de asas quebradas
que impedidos de alçar vôos mais altos
nos prendemos à terra

Somos tão somente anjos caídos
que dia após dia tentamos
a unificação com o Criador
através de seu amor.

Somos anjos que choramos nossas dores
e vivemos nossos amores
sendo felizes e infelizes
esperando que um dia
tenhamos nossas asas de volta


e voltemos ao etéreo e ínfimo amor.


Rosane Silveira

às 11:19 do dia 14/01



sábado, 12 de janeiro de 2008

Seria o homem a sobremesa?


Sempre gostei muito de ler, desde tenra idade que a leitura me acompanha, alguns livros ficaram marcados em minha memória poderia citar aqui vários livros de poemas, alguns de auto – conhecimento, mas o que mais me chamou a atenção foi um livro que minha tia me falou intitulado “O homem é a sobremesa”, o que facilmente foi encontrado na biblioteca de minha cidade na época, por volta dos dezesseis anos achava que tinha um mundo inteiro aos meus pés e achava também que já sabia de cor e salteado todo o contexto daquele livro afinal, temos a certeza de que sabemos tudo e nada é inexoravelmente mutável.
Há alguns dias atrás me deparei com esse livro novamente (hoje aos quarenta anos) achei interessante relê-lo, porém hoje com uma ótica mais madura à cerca dos temas expostos e das conclusões tiradas, diga-se de passagem, bem diferente das conclusões tiradas aos dezesseis.
O livro trata com propriedade da liberação e libertação feminina dos padrões morais e éticos da época, fala claramente do poder da mulher de libertar-se e livrar-se dos grilhões que a prendem a seus maridos, fala também e principalmente do tratamento que o homem tem que ter, inclusive nos fala em alto e bom som “trate seu homem como sobremesa e não como o prato principal”; ora será mesmo que em pleno século XXI onde as mulheres estão em pé de igualdade com seus homens, com a liberação sexual onde a mulher pode claramente dizer se está sendo satisfeita sexualmente ou não, sem se preocupar se o marido, namorado ou amante vai acha-la fácil quando pedir essa ou aquela posição sexual porque lhe dá mais prazer precisamos mesmo dizer que o homem é a sobremesa? Hoje eu afirmo categoricamente O HOMEM É O PRATO PRINCIPAL SIM e como tal tem que ser tratado, bem feito, bem trabalhado, bem cuidado e principalmente bem degustado até sua última gota ou seria garfada rsrs? Sei que algumas vão discordar de mim, mas sabemos que hoje o relacionamento baseia-se principalmente na troca, no compartilhar de idéias, de conhecimento, de entrega e de amor mútuo e principalmente respeito e admiração, não conseguimos amar alguém que não admiramos.
Não conseguimos sequer compartilhar de algumas horas de conversa com alguém que não nos acrescente algo e graças a Deus hoje podemos dizer tão somente, não quero mais... e recomeçarmos nossa busca novamente por alguns momentos de felicidade ou muitos momentos de felicidade. O homem se torna o prato principal à medida que ele se preocupa com nosso bem estar, liga no dia seguinte, diz que você está bela mesmo depois de ter lavado os cabelos e estar completamente sem maquiagem e ainda com uma toalha enrolada na cabeça. O homem é o prato principal da mulher que sabe dar valor a uma boa relação que acredita piamente que ninguém é feliz sozinho e ai, juntos, não terão só um prato principal e sim um banquete de realizações, satisfações, mas principalmente amor próprio e admiração sendo compartilhados por ambos.
Então levando em consideração tudo isso, após fazer esse artigo peguei o tal livro que dizia que nossos homens são sobremesas e joguei no lixo rsrs.



ROSANE SILVEIRA
Publicado no Recanto das Letras em 12/01/2008
Código do texto: T813660

Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.

AUTO-FLAGELO E DEPENDÊNCIA AFETIVA



(... o medo de amar é o medo de ter que a todo o momento escolher com apreço e precisão a melhor direção...).

Será que estamos na direção certa em um relacionamento amoroso?
Será que não estamos nos doando mais do que recebendo?
Será que não estamos abrindo mão demais de nosso espaço em detrimento do outro?
Será que não estamos dando mais atenção, carinho e toda gama de entrega do que recebendo?
Será que estamos realmente felizes em tentar primeiramente fazer o outro feliz?
Será que...?
Sempre o famigerado será que?
É questões como essa que precisam ser levantadas quando começamos a nos sentir em desvantagem em uma relação, relação essa que deixa de ter dois lados iguais e a balança começa a tender mais pra um lado do que pro outro.
Creio que a balança tem que estar em nível estável de comprometimento, entrega igualdade de valores e sentimentos pra que tudo saia da melhor forma possível em um relacionamento.
A velha história do “eu amo por nós dois” ou “eu tenho tanto amor que dá pra eu e você” ou “você é importante demais pra mim” ou até mesmo a celebre frase “eu não vivo sem você” tem que começar a ser avaliado sob um prisma mais realista. Acabamos por achar que o nosso amor realmente é grande o bastante pra ser amor de um só e acabamos por acreditar que realmente aquela pessoa é de tal importância que morreríamos sem ela e ai começamos numa entrega de um só, onde começa haver as tais cadeias invisíveis e dependências afetivas.
Penso que a dependência afetiva é tão ou mais nociva que a dependência química

Vamos aceitar o fato de que a escolha entre a relação saudável ou um punhado de migalhas está em nossas mãos. Não repassemos a ninguém à responsabilidade de fazermos a nossa escolha... A nossa história!
Não repassemos o outro a responsabilidade pela nossa felicidade. Muitas das vezes vivenciamos uma relação desgastada e fora de propósito por uma série de fatores, menos pelo mais importante nosso amor – próprio.
Seguramos uma relação fracassada por vários fatores entre eles medo de solidão, interesses familiares e financeiros e isso não é bom. Sempre temos uma desculpa pra manter tal relacionamento destrutivo e doentio.
Já ouvi frases do tipo: “eu não largo meu marido por causa da casa”, também já ouvi “eu não largo por causa dos meus filhos”, já ouvi também “aturei o pior dele, porque vou largar o osso agora que ele está melhor” e assim as pessoas vão vivendo uma relação doentia e desprovida de prazer e sentimento real.
Temos que quebrar os grilhões que nos prendem a essa situação de fracasso. Focalizar nossa mente no futuro, um futuro livre de amarras de si mesmo.

Ir em frente, libertar-se e tentar fugir dessas cadeias que tanto nos aflige e nos destrói e aniquila o que de melhor temos: que é o poder de amar e a liberdade de entrega, mas principalmente liberdade de ser amado e de receber do outro o melhor que ele tem pra nos oferecer – ele mesmo, de forma plena, uma entrega total onde todos ganham.
Rosane Silveira

ROSANE SILVEIRA
Publicado no Recanto das Letras em 12/01/2008
Código do texto: T813665

Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


terça-feira, 8 de janeiro de 2008


Quero...
Quero me curvar diante desse amor puro
e ao mesmo tempo insano e profano
me desnudar meus sentimentos em versos e prosas
ao invés de lamento
quero ser o teu melhor lado
aquele que faltava pra ser feliz
quero compartilhar os bons e maus momentos
olhar as estrelas do firmamento
quero tocar tua alma com sensibilidade
e livrar-te de tudo o que te traz tormento
quero ser o teu encantamento.
Rosane Silveira
às 07:41 do dia 04/01

terça-feira, 13 de novembro de 2007


E o amor nasceu...
firme e belo
lívido, sereno
trazendo com ele alegrias incontidas
E o amor nasceu...
e veio com ele todos os desejos reprimidos
os sonhos de menina
que hoje se tornou mulher
E o amor nasceu...
e com ele nasceu as incertezas
o medo do amanhã
e a ânsia de viver o hoje
E o amor nasceu...
e com ele um medo voraz
que não se sabe donde veio
nem sabe pra onde vai mas está lá.
E o amor morreu...
e com ele os sonhos de menina
os desejos que não eram tão mais reprimidos assim
deixando certezas nunca antes pensadas
e agora a ânsia de viver o amanhã
e o medo do hoje.
O medo?
esse passou a se chamar solidão.
E o amor morreu
e será que com ele eu ?
Rosane Silveiraàs 07:08 - 13/11(dir. reserv. a autora)

segunda-feira, 5 de novembro de 2007


Tola ilusão...

A orquestra enfim parou
as luzes se apagaram
fiquei na penumbra da noite escura
sentada no canto do bar sozinha
a taça de vinho também estava no fim
como tudo que acaba...
Fiquei olhando o nada
a taça em minha mão queimava
e eu alí impassível
diante da possibilidade de não fazer nada...
de não gritar, de não chorar
de não te chamar
e pedir q fique comigo
só essa última noite
dançaremos nossa última música
beberemos a última taça de vinho
e por fim falaremos de amor
a última vez.
Tola ilusão de quem já está inebriada pelo vinho
de q tu virias do nada e trarias contigo teu amor.
Tola ilusão...
Rosane Silveira
às 06:30 / 05-11
(dir.reserv.)

domingo, 4 de novembro de 2007



Mente o poeta que diz que não sofre...

aquela dor sofrida doída lá no fundo do peito

aquele ar nostálgico que deixa triste tudo a sua volta

um vazio pela ausência de não sei oquê...

Mente o poeta que diz que não sofre...

que nunca tenha passado uma noite em claro

sofrendo por um amor distante

ouvindo aquela música triste

embalado por uma taça de vinho inebriante...

Mente o poeta que diz que não sofre...

que não chora em uma despedida

que não se comove com o barulho da chuva caindo lá fora...

e com a tristeza da alma aqui dentro.
Ninguém é poeta sem sangrar

a alma e dilacerar o peito...

Ninguém...
Rosane Silveira

às 07:50 do dia 04/11

sábado, 3 de novembro de 2007


O QUE DIZER...
O QUE DIZER DE MIM
O QUE DIZER DE TI
DO AMOR QUE TIVEMOS
DOS SONHOS QUE CONSTRUIMOS JUNTOS
DOS MOMENTOS PASSADOS A TEU LADO
DOS MOMENTOS EM QUE TUA AUSENCIA ME CONSUMIA
O QUE DIZER DESSE AMOR QUE ACABOU
DEIXANDO RASTROS DE DESORDEM EM MEU CORAÇÃO
E EM MINHA VIDA...
O QUE
DIZER DESSE EGOISMO TOLO DE FAZER-TE SÓ MEU
O QUE DIZER DESSE DESTROÇO Q FICOU MEU CORAÇÃO
ABALADO EM SUAS ESTRUTURAS
TODAS SUAS FIBRAS DOEM...
SE SENTE INCAPAZ DE VINGAR-SE, DE BRIGAR
DE AMAR NOVAMENTE
DE IR A LUTA E DEIXAR-TE PRA TRÁS
O QUE DIZER DE TI QUE FEZ TÃO SOMENTE
O QUE ERA PRA SER FEITO...
ME ENFEITIÇOU E DEIXOU QUE TEU ENCANTO
FIZESSE O RESTO...
ME DEIXANDO AQUI, TAL COMO ESTOU
DESESTRUTURADA, INFINITAMENTE SÓ E PIOR
INFELIZ...
O QUE DIZER DO TEMPO EM QUE ACHAVA DEMASIADAMENTE POUCO
PRA FICAR CONTIGO
E QUE AGORA SE ESTENDE POR LONGAS E INFINDAVEIS HORAS
COM TUA AUSENCIA...
O QUE DIZER DE MIM...
AHH!!! EU???
EU ESTOU AQUI, EM MEIO A ESSES QUESTIONAMENTOS TOLOS
EU ESTOU AQUI...
ROSANE SILVEIRA


segunda-feira, 17 de setembro de 2007

domingo, 9 de setembro de 2007

quinta-feira, 30 de agosto de 2007





Hoje me sinto diferente
mais ousada,
mais ardente
hoje tenho mente só o que você sente
tive delírios essa noite
ou foram sonhos não sei...
ainda sinto em mim tuas maos
teus afagos teus gestos
teus recatos
sinto em mim um leve torpor de alma
um acordar meio que sereno
sinto em mim um encantamento pela vida
um desejo reprimido de querer sempre mais e mais
a tua presença aqui a tua presença em mim...
É , com certeza hoje eu acordei diferente
acordei mais contente
acordei querendo-te.
Rosane Silveira às 07:10 do dia 30/08 (direitos reservados)

segunda-feira, 27 de agosto de 2007








Amor de gente grande...
:: Rosana Braga ::


Amor de corpo inteiro. Um amor que transcende, transpira, transborda. Amor com mãos e pés. Com dedos, braços, pernas, barriga, pele e abraços.

Um amor que surpreende, sem nada inventar, sem precisar exagerar, sem ter que sempre entender. Simplesmente ser... preencher, existir!

Amor que não investiga, que não desconfia, que não acusa.

Amor de palavras, mas também de silêncio. Um silêncio que aquieta o coração, que acaricia a alma e alivia as dores!

Amor que esvazia, que abre espaço, que permite.

Amor sem regras, sem pressões, sem chantagens. Amor que faz crescer.
Amor de gente grande, de coração gigante, de alma transparente.
Amor que permanece. De mim para mim, de mim para você, de você para mim.
Amor que invade respeitando, que adentra acariciando, que ocupa com leveza. Amor sem ego. Que acolhe, perdoa, reconhece.

Amor que desconhece para conhecer, que nunca lembra porque não esquece! Amor que é... assim, sem mais nem menos, sem eira nem beira, sem quê nem porquê.

Simplesmente simples, despretensioso, descontraído, desmedido.
De uma simplicidade tão óbvia que arrasta, que envolve, que derrete.
De uma fluidez tão líquida que escorre, desliza, que não endurece.

Amor que não se pede, que não se dá, porque já é! Para nunca precisar procurar, para nunca correr o risco de encontrar, porque já está!!!
E o que quer que ainda possa surgir... bobagem! Apenas crescimento e aprendizagem...

Volta para casa, não se vá!
Fique, permita-se, entregue-se, comprometa-se!
Simplesmente amor... Você consegue?!?

Texto retirado do livro “Faça o Amor Valer a Pena”, de Rosana Braga – Editora Gente)








Amor de gente grande...
:: Rosana Braga ::


Amor de corpo inteiro. Um amor que transcende, transpira, transborda. Amor com mãos e pés. Com dedos, braços, pernas, barriga, pele e abraços.

Um amor que surpreende, sem nada inventar, sem precisar exagerar, sem ter que sempre entender. Simplesmente ser... preencher, existir!

Amor que não investiga, que não desconfia, que não acusa.

Amor de palavras, mas também de silêncio. Um silêncio que aquieta o coração, que acaricia a alma e alivia as dores!

Amor que esvazia, que abre espaço, que permite.

Amor sem regras, sem pressões, sem chantagens. Amor que faz crescer.
Amor de gente grande, de coração gigante, de alma transparente.
Amor que permanece. De mim para mim, de mim para você, de você para mim.
Amor que invade respeitando, que adentra acariciando, que ocupa com leveza. Amor sem ego. Que acolhe, perdoa, reconhece.

Amor que desconhece para conhecer, que nunca lembra porque não esquece! Amor que é... assim, sem mais nem menos, sem eira nem beira, sem quê nem porquê.

Simplesmente simples, despretensioso, descontraído, desmedido.
De uma simplicidade tão óbvia que arrasta, que envolve, que derrete.
De uma fluidez tão líquida que escorre, desliza, que não endurece.

Amor que não se pede, que não se dá, porque já é! Para nunca precisar procurar, para nunca correr o risco de encontrar, porque já está!!!
E o que quer que ainda possa surgir... bobagem! Apenas crescimento e aprendizagem...

Volta para casa, não se vá!
Fique, permita-se, entregue-se, comprometa-se!
Simplesmente amor... Você consegue?!?

Texto retirado do livro “Faça o Amor Valer a Pena”, de Rosana Braga – Editora Gente)

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Terça-feira, 14 de Agosto de 2007

REGRAS DO JOGO



(“... Por isso não provoque, é cor de rosa choque!!!...”)



Fico indignada facilmente. Pouca coisa já me tira do sério e pequenos atos e gestos podem em mim causar grandes catástrofes.

Um grande amigo me enviou um mail e, depois que Euzinha recuperei o fôlego, junto com a calma que já me é pouca, perguntei se “tudo” aquilo havia saído de sua “cachola”. Para desespero meu, disse-me que uma amigA o “presenteara” e que era tudo não mais que entretenimento. Tentei inutilmente procurar autor(a) para tão doentio devaneio, mas Internet é caso sério – de polícia – quanto à questão de assuntos autorais. Adoeci.

Estou eu, então, a vinte e quatro horas sem qualquer inspiração para novo artigo. Não adianta, sou assim. Enquanto não falar sobre essas ditas “regras do lado masculino”, não irei sossegar. Bom, já de início o mail chama a nós (mulheres) de seres inferiores (ha! ha! ha! ha!), observando que todas as regras serão marcadas propositadamente como “número 1”. Fala sério! Terei que fazer o mesmo pois, possivelmente, quem escreveu tem dificuldade em contar até dois.

“1. Peitos e bundas existem para serem olhados, e é por isso que olhamos. Não tentem mudar isso.”

Concordo! E vou além! Bocas carnudas, pés esfoliados e duas costelas a menos na altura da cintura idem. Se a mulher tiver mais que isso ou coisas melhores até, vocês viram “joguetes”. O que anda acontecendo muito é que vocês só ficam na olhada mesmo. Pouquíssimos homens têm competência para uma mulher com mais que peito e bunda. Continuem olhando...

“1. Aprendam a manejar o assento da privada. Vocês já são bastante crescidinhas pra isso. Vocês são grandes garotas. Se ele está levantado, abaixem-no. Nós precisamos dele levantado; vocês precisam dele abaixado. Vocês não nos ouvem reclamar quando vocês deixam o assento abaixado.”

Somos “bem crescidinhas” mesmo. Tomamos conta de grandes multinacionais, somos as melhores em grandes empresas, influenciamos no crescimento econômico e temos a mania de ser melhores em criação, seja publicitária ou da humanidade. A natureza nos deu útero e inteligência, por isso fazemos xixi sentadas. O nome é “assento”, de “sentar”? Então, animais racionais, bichos-homens, respeitem a hierarquia e continuem limitando-se a tentar acertar o alvo.

“1. Sábado = futebol. É como a lua cheia ou a mudança das marés. Não se muda isto.”

E vocês ainda acham que jogam futebol? E que entendem do assunto? Então por que está tudo enlameado, encrustado de corrupção e montes de pernas-de-pau em campo, enquanto vocês não fazem nada? Conheço umas mulheres que podem muito bem fazer uma faxina e lavar a vergonha que vocês insistem em chamar de campeonatos. Outra coisa: nós, mulheres, é que jogamos futebol! Não apenas no sábado, mas sempre em que é preciso ganhar; a qualquer hora. Vocês vão é beber cerveja, agarrar os amigos suados e inutilmente tentar acertar a bola.

“1. Fazer compras NÃO é um esporte. E não adianta, nós nunca vamos pensar do outro jeito.”

Concordo de novo. É um dos afazeres em que vocês sabidamente são uns coitados de cansados e tadinhos a deixar tal para nossas costas. Não compram nem as próprias cuecas e quando compram, erram! Mulher é soberana. Guia a vida, brilha a cada segundo, educa seus filhos e ainda abastece a todos. O melhor é que, a cada dia, mulheres vão se conscientizando que comprar é um esporte sim e que a medalha é dela, embora não para mostra junto à amiga ou a um homem.

“1. Choro é chantagem.”

Então! Suas mães estavam chantagiando Deus e o médico quando choraram ao vocês nascerem. Ah, suas mães não valem. Elas não são mulheres, elas são mães! Viram? Vocês são ridículos! Deixa eu lhes contar uma coisa: cheguem aqui pertinho, mais... assim. Chorar é ato de sensibilidade, de evolução, é ser mais próximo do puro, é ter alma transparente. Chorar enquanto pede, enquanto repele, enquanto se indigna, enquanto se ama. Até quando vocês invejarão o fato da possibilidade do sexto sentido, da sensibilidade à flor da pele, da superioridade ao sentir tudo a mais, mais dores e alegrias, mais orgasmos, mais elegância e mais lágrimas?

“1. Peçam o que vocês querem. Vamos deixar isso bem claro: Dicas sutis não funcionam! Dicas grosseiras não funcionam! Dicas óbvias não funcionam! APENAS PEÇAM O QUE QUEREM!”

Queremos que vocês chorem de vez em quando.

“1. 'Sim' e 'Não' são respostas perfeitamente aceitáveis para a maioria das perguntas.”

Mesmo? Então me respondam “sim” ou “não”: Como vocês se sentem diante de suas fraquezas expostas?

“1. Tragam-nos um problema se querem ajuda para solucioná-lo. É o que nós fazemos. Para solidariedade existem as amigas.”

Nós não levamos problemas aos homens, resolvemos os deles. As amigas são solidárias sim! Todas precisamos, de alguma forma, suportar vocês, seja o pai, o vizinho, o irmão.

“1. Dor de cabeça que já dura mais de 17 meses é um problema. Consultem seu médico !”

Já pensaram vocês em procurar um médico e poupar-nos de constrangimentos? Educadas e sensíveis que somos, podemos não estar querendo magoá-los quanto a resolver essa “pouca coisa” que vem de vocês pra nós...

“1. Tudo aquilo que nós dissemos há 6 meses não será admitido como argumento. Aliás, todos nossos comentários se tornam nulos e sem efeito após 7 dias.”

Esse argumento é que é nulo! Há tempos, qualquer comentário de vocês, passados três minutos, já não tem relevância.

“1. Se vocês acham que estão gordas, provavelmente estão mesmo. Não perguntem isso pra nós.”

Perguntamos por insegurança da falta do Photoshop no nosso dia a dia, que exclui a celulite das divas da Playboy, as manchas nos rostos de beldades em capas de revista e emagrecem as popozudas do pagode, que insistem em mostrar o interior pelas coxas, e para quem vocês, racionais e inteligentes bichos-homens que são, gastam seus parcos e minguados neurônios, acreditando na existência de tais mulheres. Todavia, podemos perguntar ao vizinho...

1. Se algo que dissemos pode ser interpretado de duas formas, e uma delas deixa vocês tristes ou magoadas, entendam: nós falamos com o significado da outra forma.”

Aí já é se achar muito! Vocês quase não conseguem dar significado a uma frase, como dariam a duas?

“1. Vocês podem escolher: ou nos peçam algo, ou nos digam como deve ser feito. Nunca as duas coisas. Se vocês já sabem qual é o melhor jeito de fazê-lo, simplesmente façam.”

Nós somos benevolentes, altruístas, temos a infinita esperança de que um dia acertem. Por essa questão insistimos em pedir e dizer. Nos diverte também a frustrante tentativa de vocês.

“1. Sempre que possível, por favor, digam o que precisam dizer durante os comerciais.”

O que fazer se agora, com a falta de bom futebol masculino, vocês odeiam perder qualquer parte das novelas? Por gentileza, não nos incomodem durante os documentários e comerciais.

“1. Pedro Álvares Cabral não precisou de orientações. Nós também não precisamos.”

Nem com mapa desenhado no corpo vocês encontram. Alguns até chegam – depois de meses – mas logo esquecem o caminho. Como somos benevolentes e sensíveis, muitas vezes fingimos, por pena, e depois nos resolvemos. Mas não se assustem se a gostosa do 202 preferir sua mulher gorda e sem Photoshop e você vier a ser trocado.

“1. TODOS os homens enxergam em 16 cores, como o padrão do Windows. Pêssego, por exemplo, é uma fruta e não uma cor. Abóbora também pertence ao reino vegetal. Nós não temos idéia do que é fúcsia.”

Mas nós sabemos os bananas que são, os abacaxis que vocês trazem, as fúcsias que fazem. Não exigimos mais de vocês que exigimos do Windows. Sabemos que se trocarmos o cérebro de vocês pelo de uma galinha, vocês ainda ciscarão pra frente.

“1. Se algo pinica, será coçado. Nós fazemos isso.”

Sim. Em público. Não têm respeito nem por vocês mesmos.

“1. Se perguntarmos o que está errado, e vocês responderem "nada", nós vamos agir como se nada estivesse errado. Nós sabemos que é mentira, mas não vale a pena discutir por isso.”

Concordamos. Não vale a pena é dizer o que está errado. Por isso dizemos “nada”.

“1. Se vocês fazem uma pergunta e não querem ouvir a resposta, estejam preparadas para ouvir o que não querem.”

Estejam certos de que, se não gostarmos da resposta, já teremos onde procurar uma segunda opinião.

“1. Quando temos que ir a algum lugar, qualquer coisa que estejam vestindo estará ok. De verdade!”

Mentirosos! Vale a microssaia no seu joguinho de sábado?

“1. Não nos perguntem o que estamos pensando, a menos que estejam prontas para discutir assuntos como: Sexo, Futebol, ou Carros.”

Estamos prontas sim! No que estão pensando? Agora, não nos perguntem no que estamos pensando. Não queremos humilhar, somos misericordiosas.

“1. Vocês tem roupas suficientes.”

O que nos falta são homens suficientes. Por isso compramos muitas roupas.

“1. Vocês tem sapatos demais.”

Nunca serão demais. Não faltam insetos para esmagar.

“1. Eu estou em forma. Redondo é uma forma.”

Não esqueçam o quadrado. Também é uma forma.

“1. Obrigado por ler as nossas regras; Sim, eu sei, hoje vou ter que dormir no sofá, mas sabe, os homens realmente não se importam com isso, é como acampar.”

Sabem, as mulheres que têm ao lado homens como vocês, têm como sonho de consumo um camping longe de casa, lotado de sofás, para que se deleitem na escolha.

Chamam esse tipo de mail de “entretenimento”, passatempo, diversão. Eu chamo de preconceito enrustido de machos enrustidos. Igual aos que denigrem os caipiras (sou uma) ou tentam atestar de burros os nativos de certo ponto geográfico. Isso vem de pessoas enrustidas. É perigoso e absurdo!

Sabem minha sorte? Estou rodeada de homens (e mulheres) que estão longe de ser assim.

Ufa!!!

Vírgula Antenada, 13/08/07.



PS.: Beijo grande para meus amigos HOMENS, que não são nada pré-históricos e sabem suprir as necessidades de suas mulheres, ato de valorização.

Terça-feira, 14 de Agosto de 2007

REGRAS DO JOGO



(“... Por isso não provoque, é cor de rosa choque!!!...”)



Fico indignada facilmente. Pouca coisa já me tira do sério e pequenos atos e gestos podem em mim causar grandes catástrofes.

Um grande amigo me enviou um mail e, depois que Euzinha recuperei o fôlego, junto com a calma que já me é pouca, perguntei se “tudo” aquilo havia saído de sua “cachola”. Para desespero meu, disse-me que uma amigA o “presenteara” e que era tudo não mais que entretenimento. Tentei inutilmente procurar autor(a) para tão doentio devaneio, mas Internet é caso sério – de polícia – quanto à questão de assuntos autorais. Adoeci.

Estou eu, então, a vinte e quatro horas sem qualquer inspiração para novo artigo. Não adianta, sou assim. Enquanto não falar sobre essas ditas “regras do lado masculino”, não irei sossegar. Bom, já de início o mail chama a nós (mulheres) de seres inferiores (ha! ha! ha! ha!), observando que todas as regras serão marcadas propositadamente como “número 1”. Fala sério! Terei que fazer o mesmo pois, possivelmente, quem escreveu tem dificuldade em contar até dois.

“1. Peitos e bundas existem para serem olhados, e é por isso que olhamos. Não tentem mudar isso.”

Concordo! E vou além! Bocas carnudas, pés esfoliados e duas costelas a menos na altura da cintura idem. Se a mulher tiver mais que isso ou coisas melhores até, vocês viram “joguetes”. O que anda acontecendo muito é que vocês só ficam na olhada mesmo. Pouquíssimos homens têm competência para uma mulher com mais que peito e bunda. Continuem olhando...

“1. Aprendam a manejar o assento da privada. Vocês já são bastante crescidinhas pra isso. Vocês são grandes garotas. Se ele está levantado, abaixem-no. Nós precisamos dele levantado; vocês precisam dele abaixado. Vocês não nos ouvem reclamar quando vocês deixam o assento abaixado.”

Somos “bem crescidinhas” mesmo. Tomamos conta de grandes multinacionais, somos as melhores em grandes empresas, influenciamos no crescimento econômico e temos a mania de ser melhores em criação, seja publicitária ou da humanidade. A natureza nos deu útero e inteligência, por isso fazemos xixi sentadas. O nome é “assento”, de “sentar”? Então, animais racionais, bichos-homens, respeitem a hierarquia e continuem limitando-se a tentar acertar o alvo.

“1. Sábado = futebol. É como a lua cheia ou a mudança das marés. Não se muda isto.”

E vocês ainda acham que jogam futebol? E que entendem do assunto? Então por que está tudo enlameado, encrustado de corrupção e montes de pernas-de-pau em campo, enquanto vocês não fazem nada? Conheço umas mulheres que podem muito bem fazer uma faxina e lavar a vergonha que vocês insistem em chamar de campeonatos. Outra coisa: nós, mulheres, é que jogamos futebol! Não apenas no sábado, mas sempre em que é preciso ganhar; a qualquer hora. Vocês vão é beber cerveja, agarrar os amigos suados e inutilmente tentar acertar a bola.

“1. Fazer compras NÃO é um esporte. E não adianta, nós nunca vamos pensar do outro jeito.”

Concordo de novo. É um dos afazeres em que vocês sabidamente são uns coitados de cansados e tadinhos a deixar tal para nossas costas. Não compram nem as próprias cuecas e quando compram, erram! Mulher é soberana. Guia a vida, brilha a cada segundo, educa seus filhos e ainda abastece a todos. O melhor é que, a cada dia, mulheres vão se conscientizando que comprar é um esporte sim e que a medalha é dela, embora não para mostra junto à amiga ou a um homem.

“1. Choro é chantagem.”

Então! Suas mães estavam chantagiando Deus e o médico quando choraram ao vocês nascerem. Ah, suas mães não valem. Elas não são mulheres, elas são mães! Viram? Vocês são ridículos! Deixa eu lhes contar uma coisa: cheguem aqui pertinho, mais... assim. Chorar é ato de sensibilidade, de evolução, é ser mais próximo do puro, é ter alma transparente. Chorar enquanto pede, enquanto repele, enquanto se indigna, enquanto se ama. Até quando vocês invejarão o fato da possibilidade do sexto sentido, da sensibilidade à flor da pele, da superioridade ao sentir tudo a mais, mais dores e alegrias, mais orgasmos, mais elegância e mais lágrimas?

“1. Peçam o que vocês querem. Vamos deixar isso bem claro: Dicas sutis não funcionam! Dicas grosseiras não funcionam! Dicas óbvias não funcionam! APENAS PEÇAM O QUE QUEREM!”

Queremos que vocês chorem de vez em quando.

“1. 'Sim' e 'Não' são respostas perfeitamente aceitáveis para a maioria das perguntas.”

Mesmo? Então me respondam “sim” ou “não”: Como vocês se sentem diante de suas fraquezas expostas?

“1. Tragam-nos um problema se querem ajuda para solucioná-lo. É o que nós fazemos. Para solidariedade existem as amigas.”

Nós não levamos problemas aos homens, resolvemos os deles. As amigas são solidárias sim! Todas precisamos, de alguma forma, suportar vocês, seja o pai, o vizinho, o irmão.

“1. Dor de cabeça que já dura mais de 17 meses é um problema. Consultem seu médico !”

Já pensaram vocês em procurar um médico e poupar-nos de constrangimentos? Educadas e sensíveis que somos, podemos não estar querendo magoá-los quanto a resolver essa “pouca coisa” que vem de vocês pra nós...

“1. Tudo aquilo que nós dissemos há 6 meses não será admitido como argumento. Aliás, todos nossos comentários se tornam nulos e sem efeito após 7 dias.”

Esse argumento é que é nulo! Há tempos, qualquer comentário de vocês, passados três minutos, já não tem relevância.

“1. Se vocês acham que estão gordas, provavelmente estão mesmo. Não perguntem isso pra nós.”

Perguntamos por insegurança da falta do Photoshop no nosso dia a dia, que exclui a celulite das divas da Playboy, as manchas nos rostos de beldades em capas de revista e emagrecem as popozudas do pagode, que insistem em mostrar o interior pelas coxas, e para quem vocês, racionais e inteligentes bichos-homens que são, gastam seus parcos e minguados neurônios, acreditando na existência de tais mulheres. Todavia, podemos perguntar ao vizinho...

1. Se algo que dissemos pode ser interpretado de duas formas, e uma delas deixa vocês tristes ou magoadas, entendam: nós falamos com o significado da outra forma.”

Aí já é se achar muito! Vocês quase não conseguem dar significado a uma frase, como dariam a duas?

“1. Vocês podem escolher: ou nos peçam algo, ou nos digam como deve ser feito. Nunca as duas coisas. Se vocês já sabem qual é o melhor jeito de fazê-lo, simplesmente façam.”

Nós somos benevolentes, altruístas, temos a infinita esperança de que um dia acertem. Por essa questão insistimos em pedir e dizer. Nos diverte também a frustrante tentativa de vocês.

“1. Sempre que possível, por favor, digam o que precisam dizer durante os comerciais.”

O que fazer se agora, com a falta de bom futebol masculino, vocês odeiam perder qualquer parte das novelas? Por gentileza, não nos incomodem durante os documentários e comerciais.

“1. Pedro Álvares Cabral não precisou de orientações. Nós também não precisamos.”

Nem com mapa desenhado no corpo vocês encontram. Alguns até chegam – depois de meses – mas logo esquecem o caminho. Como somos benevolentes e sensíveis, muitas vezes fingimos, por pena, e depois nos resolvemos. Mas não se assustem se a gostosa do 202 preferir sua mulher gorda e sem Photoshop e você vier a ser trocado.

“1. TODOS os homens enxergam em 16 cores, como o padrão do Windows. Pêssego, por exemplo, é uma fruta e não uma cor. Abóbora também pertence ao reino vegetal. Nós não temos idéia do que é fúcsia.”

Mas nós sabemos os bananas que são, os abacaxis que vocês trazem, as fúcsias que fazem. Não exigimos mais de vocês que exigimos do Windows. Sabemos que se trocarmos o cérebro de vocês pelo de uma galinha, vocês ainda ciscarão pra frente.

“1. Se algo pinica, será coçado. Nós fazemos isso.”

Sim. Em público. Não têm respeito nem por vocês mesmos.

“1. Se perguntarmos o que está errado, e vocês responderem "nada", nós vamos agir como se nada estivesse errado. Nós sabemos que é mentira, mas não vale a pena discutir por isso.”

Concordamos. Não vale a pena é dizer o que está errado. Por isso dizemos “nada”.

“1. Se vocês fazem uma pergunta e não querem ouvir a resposta, estejam preparadas para ouvir o que não querem.”

Estejam certos de que, se não gostarmos da resposta, já teremos onde procurar uma segunda opinião.

“1. Quando temos que ir a algum lugar, qualquer coisa que estejam vestindo estará ok. De verdade!”

Mentirosos! Vale a microssaia no seu joguinho de sábado?

“1. Não nos perguntem o que estamos pensando, a menos que estejam prontas para discutir assuntos como: Sexo, Futebol, ou Carros.”

Estamos prontas sim! No que estão pensando? Agora, não nos perguntem no que estamos pensando. Não queremos humilhar, somos misericordiosas.

“1. Vocês tem roupas suficientes.”

O que nos falta são homens suficientes. Por isso compramos muitas roupas.

“1. Vocês tem sapatos demais.”

Nunca serão demais. Não faltam insetos para esmagar.

“1. Eu estou em forma. Redondo é uma forma.”

Não esqueçam o quadrado. Também é uma forma.

“1. Obrigado por ler as nossas regras; Sim, eu sei, hoje vou ter que dormir no sofá, mas sabe, os homens realmente não se importam com isso, é como acampar.”

Sabem, as mulheres que têm ao lado homens como vocês, têm como sonho de consumo um camping longe de casa, lotado de sofás, para que se deleitem na escolha.

Chamam esse tipo de mail de “entretenimento”, passatempo, diversão. Eu chamo de preconceito enrustido de machos enrustidos. Igual aos que denigrem os caipiras (sou uma) ou tentam atestar de burros os nativos de certo ponto geográfico. Isso vem de pessoas enrustidas. É perigoso e absurdo!

Sabem minha sorte? Estou rodeada de homens (e mulheres) que estão longe de ser assim.

Ufa!!!

Vírgula Antenada, 13/08/07.



PS.: Beijo grande para meus amigos HOMENS, que não são nada pré-históricos e sabem suprir as necessidades de suas mulheres, ato de valorização.
PEDI LICENÇA A MINHA QUERIDA AMIGA VÍRGULA ANTENADA PRA POSTAR ESSE ARTIGO AQUI EM MEU CANTINHO POIS O ACHEI DE EXTREMA SAPIÊNCIA E BOM SENSO. TUDO O QUE ELA DISSE EM RESPOSTA AS ESTÚPIDAS ESPLANAÇÕES DE UM HOMEM MACHISTA, PRECONCEITUOSO E SEM NENHUMA SENSIBILIDADE AO LIDAR COM UMA MULHER

terça-feira, 7 de agosto de 2007






Existirá dor maior do que a que Ele sentiu?





Sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo. Por treze anos vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei anatomia a fundo. Posso portanto, escrever sem presunção a respeito de morte como aquela.
Jesus entrou em agonia no Getsêmani e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra. O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas.
E o faz com a decisão de um clínico. O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno raríssimo. É produzido em condições excepcionais. Para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo.
O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus.
Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra.
Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e Herodes.
Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos.
Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe, o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor.
As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue. Depois o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que os de acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo).
Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da Cruz; pesa uns cinqüenta quilos. A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso, é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas.
Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso.
Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz dor atroz. Quem já tirou uma atadura de gaze de uma grande ferida percebe do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao levarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas.
Os carrascos dão um puxão violento. Há um risco de toda aquela dor provocar uma síncope, mas ainda não é o fim.
O sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pó e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas.
Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar penetração dos pregos.
Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), apoiam-no sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira.
Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. O nervo mediano foi lesado.
Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se pelos ombros, atingindo o cérebro.
A dor mais insuportável que um homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos: provoca uma síncope e faz perder a consciência.Em Jesus não. O nervo é destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas.
O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; conseqüentemente fazendo-o tombar para trás, o encostam na estaca vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima esfregam dolorosamente sobre a madeira áspera.
As pontas cortantes da grande coroa de espinhos penetram o crânio. A cabeça de Jesus inclina-se para frente, uma vez que o diâmetro da coroa o impede de apoiar-se na madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudas de dor.
Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. Seu corpo é uma máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares.
Tudo aquilo é uma tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos, se curvam. É como acontece a alguém ferido de tétano. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianítico.
Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforça-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial.
Por que este esforço? Porque Jesus quer falar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça.
Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés. Inimaginável!
Atraídas pelo sangue que ainda escorre e pelo coagulado, enxames de moscas zunem ao redor do seu corpo, mas ele não pode enxotá-las. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura diminui. Logo serão três da tarde, depois de uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancam um lamento:
"Deus meu, Deus me, por que me desamparastes?"
Jesus grita:
"Está consumado!". Em seguida num grande brado diz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". E morre... Em meu lugar... e no seu!
(Dr. Barbet, médico francês).

segunda-feira, 6 de agosto de 2007



AMOR, IMBATÍVEL AMOR!


O amor é a substância criadora e mantenedora do Universo, constituído por essência divina. É um tesouro que, quanto mais se divide, mais se multiplica, e se enriquece à medida que se reparte. Mais se agiganta, na razão que mais se doa. Fixa-se com mais poder, quanto mais se irradia. Nunca perece, porque não se entibia nem se enfraquece, desde que sua força reside no ato mesmo de doar-se, de tornar-se vida. Assim como o ar é indispensável para a existência orgânica, o amor é o oxigênio para a alma, sem o qual a mesma se enfraquece e perde o sentido de viver. É imbatível, porque sempre triunfa sobre todas as vicissitudes e ciladas. Quando aparente - de caráter sensualista, que busca apenas o prazer imediato - se debilita e se envenena, ou se entorpece, dando lugar à frustração. Quando real, estruturado e maduro - que espera, estimula, renova - não se satura, é sempre novo e ideal, harmônico, sem altibaixos emocionais. Une as pessoas, porque reúne as almas, identifica-as no prazer geral da fraternidade, alimenta o corpo e dulcifica o eu profundo. O prazer legítimo decorre do amor pleno, gerador da felicidade, enquanto o comum é devorador de energias e de formação angustiante. O amor atravessa diferentes fases: o infantil, que tem caráter possessivo, o juvenil, que se expressa pela insegurança, o maduro, pacificador, que se entrega sem reservas e faz-se plenificador. Há um período em que se expressa como compensação, na fase intermediária entre a insegurança e a plenificação, quando dá e recebe, procurando liberar-se da consciência de culpa. O estado de prazer difere daquele de plenitude, em razão de o primeiro ser fugaz, enquanto o segundo é permanente, mesmo que sob a injunção de relativas aflições e problemas-desafios que podem e devem ser vencidos. Somente o amor real consegue distingui-los e os pode unir quando se apresentem esporádicos. A ambição, a posse, a inquietação geradora de insegurança - ciúme, incerteza, ansiedade afetiva, cobrança de carinhos e atenções -, a necessidade de ser amado caracterizam o estágio do amor infantil. A confiança, suave, doce e tranqüila, a alegria natural e sem alarde, a exteriorização do bem que se pode e se deve executar, a compaixão dinâmica, a não-posse, não-dependência, não-exigência, são benesses do amor pleno, pacificador, imorredouro. Mesmo que se modifiquem os quadros existenciais, que se alteram as manifestações da afetividade do ser amado, o amor permanece libertador, confiante, indestrutível. Nunca se impõe, porque é espontâneo como a própria vida e irradia-se mimetizando, contagiando de júbilos e de paz. Expande-se como um perfume que impregna, agradável, suavemente, porque não é agressivo nem embriagador ou apaixonado... O amor não se apega, não sofre a falta, mas frui sempre, porque vive no íntimo do ser e não das gratificações que o amado oferece. O amor deve ser sempre o ponto de partida de todas as aspirações e a etapa final de todos os anelos humanos. O clímax do amor se encontra naquele sentimento que Jesus ofereceu à Humanidade e prossegue doando, na sua condição de Amante não amado. Pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo P. Franco, do livro "Amor, Imbatível Amor"